METODOLOGIAForte, dinâmica e arrojada

Uma das principais mais valias que identificamos neste projeto é a possibilidade que oferece de trabalhar o território como um todo, a partir de cada projeto individual.

Cada elemento da equipa desenvolverá o seu projeto individual de trabalho, recorrendo aos diferentes apoios que o projeto lhe faculta: tutoria, acompanhamento técnico, enquadramento em empresas, etc. Mas também usufruindo da contribuição dos restantes elemento da equipa e que, no seu todo, significam um enorme conhecimento em áreas diferenciadas e complementares. É assim, muito valorizada a incorporação dos contributos de todos os elementos.

Além do trabalho descrito acima, o grupo é responsável em conjunto por alguns projetos comuns. Estes são transversais a todo o grupo e contam para o seu desenvolvimento com os contributos de todos os seus elementos.

Os projetos comuns estão em permanente construção, não se esgotam em cada ciclo de 10 estagiários, cada ciclo acrescenta, avalia, em suma evolui. Têm para o território uma importância estrutural, pois são de alguma forma o garante da sustentabilidade deste projeto.

Centro de Estudos

A criação e afirmação deste centro vai depender em muito da capacidade que o grupo de jovens empreendedores tiver de o transformar num espaço aberto à comunidade.

O grupo será responsável por realizar sessões abertas de apresentação da evolução dos seus projetos, recolhendo sugestões de áreas de trabalho a implementar.

Promover um sentido de pertença entre a comunidade local e o Centro de Estudos é uma das ideias-chave deste projeto, desenvolvendo e aplicando metodologias participativas de envolvimento comunitário.

Este espaço será a “Memória” do projeto. O local onde a narrativa das intervenções, o registo das suas evoluções, o banco de imagens e sons, serão armazenados. É o espaço de onde partirão as futuras intervenções, de onde se podem estudar as informações pertinentes que ao longo do tempo forem recolhidas. É fundamentalmente, um recurso imprescindível para o futuro do território.

Rede de produção e comercialização de produtos locais

Os produtos locais são um dos elementos estrategicamente mais importantes para o desenvolvimento do território.

O mercado Ao’Sabor, uma primeira experiência realizada no território neste âmbito, tem sido reveladora quanto ao potencial de desenvolvimento desta área enquanto promotor de micro-iniciativas de autoemprego e mais valias económicas para os pequenos produtores.

Pretende-se desenvolver uma estratégia para todo o percurso, desde a produção à comercialização, passando por uma eventual criação de marca de origem e consequente certificação. Esta estratégia deve ser partilhada pelos produtores, tendo o projeto que ser capaz de demonstrar a pertinência desta área de trabalho e a utilidade de pensar uma estratégia em comum, em vez de projetos individuais.

Plano de Formação

Envolvimento dos diferentes Agrupamentos de Escolas e da Escola Profissional no desenho de um plano de formação assente em diversos vetores específicos:

- Ofícios Tradicionais - O artesanato ou ofícios tradicionais devem ser entendidos como uma oportunidade de criação de emprego e consequente riqueza, bem como de preservação de parte da memória coletiva do território. Estes ofícios têm também um papel fundamental na promoção turística do território.
O resultado de um processo de formação /reabilitação dos artesãos, bem como de uma estratégia de comercialização, pode passar pela instalação no Centro de Estudos de uma Loja / Oficina de Artesanato Local aproveitando assim um espaço no centro da Cidade.

- Agricultura - Adequação da oferta formativa existente com as necessidades do tecido empresarial. O vetor de formação agrícola deve assentar na rentabilização das potencialidades do território. Esta estratégia de formação tem que estar intimamente ligada à Rede de produção e comercialização de produtos locais, eventualmente apoiada na criação de uma denominação de origem.

- Floresta – aplicação de metodologias associadas à gestão do espaço florestal, a sua sustentabilidade assente na permuta de práticas preventivas face aos riscos naturais e a novas valorizações de produtos patrimoniais associados à floresta.

Clusters Locais

Área de investigação primordial do grupo de trabalho será sobre as possibilidades oferecidas pelo território (3 zonas industriais, comércio e serviços), para a criação/desenvolvimento de “clusters” locais.

O processo de formalização desses “clusters” será um dos primeiros passos. Identificar que benefícios advêm para as áreas existentes, com a partilha de recursos de diferente ordem e, através dessa partilha, que melhoria se propõe às empresas já instaladas e, por outro lado, que condições se oferecem a quem se queira instalar.

O cruzamento das diferentes áreas de investigação do grupo de trabalho com a indústria, comércio e serviços locais, permitirá o levantamento das soluções oferecidas pelo território que sejam potenciadoras de modelos inovadores de desenvolvimento.